O instituto Federal Catarinense deu início ao programa “Barriga Cheia: IFC Alimentando o Futuro”. Lançada oficialmente na 7ª Reunião Ordinária do Colégio de Dirigentes (Codir), conduzida nos dias 15 e 16 de agosto, a iniciativa prevê uma série de ações voltadas ao aprimoramento da infraestrutura e dos processos institucionais relacionados à segurança alimentar e nutricional na Instituição, com o intuito de garantir a permanência e o êxito dos estudantes.
Na etapa inicial do Programa, serão duas ações estratégicas:
- Subsidiar o valor do almoço pago pelos estudantes do Ensino Técnico Integrado ao Ensino Médio Integrado (suprimidos os do Regime de Internato Pleno – RIP), Ensino Técnico Subsequente ao Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) do IFC;
- Construir refeitórios nos campi que ainda não contam com esse tipo de estrutura.
A primeira tem como público-alvo estudantes de todos os campi que almoçam na unidade e será executada basicamente da seguinte forma: para cada um real investido por cada campus em subsídio para as refeições dos estudantes, a Reitoria irá aplicar o mesmo valor. O mecanismo de aporte varia de acordo com o perfil dos estudantes e o percentual do subsídio das refeições em cada campus.
“Na questão do subsídio ao almoço, a data-base para o cálculo de quanto cada campus vai receber para o ciclo 2024 é três de setembro”, esclarece o vice-reitor e diretor executivo do IFC, André Raupp. “Nós tivemos até a última sexta-feira (20) para que os campi se manifestassem em termos de interesse de adesão, como fariam a adesão, e qual seria o aporte de recursos financeiros. A Proad está trabalhando essas informações e, nas próximas semanas, de acordo com a disponibilidade financeira, será feito o repasse dos recursos”.
Às unidades participantes, além da adesão formal, cabe ainda comunicar de imediato qualquer eventual alteração nos dados anteriormente pactuados e encaminhar, ao final do ciclo, um relatório sobre a aplicação das verbas.
A segunda estratégia, referente às novas edificações, implica na construção de quatro novos refeitórios nos campi de Luzerna, Sombrio, Ibirama e Rio do Sul (Unidade Urbana), a partir de um investimento de R$ 6,8 milhões, oriundos do Novo PAC do Governo Federal. A previsão é que mais de 2 mil estudantes sejam beneficiados pelas estruturas, que irão totalizar 2.355 m² de área construída.
Para o futuro, o Barriga Cheia planeja ainda o auxílio da Reitoria no processo de licitação de empresas para fornecimento de refeições; a coordenação processo de compra e entrega de marmitas; o desenvolvimento de ações de educação alimentar e aplicação de recursos do PNAE na refeição de almoço.
Raupp ressalta que, devido à sua pluralidade de ações, a condução do programa é um esforço conjunto entre o gabinete e as diversas pró-reitorias. “Por exemplo, na construção dos novos refeitórios, há um protagonismo da Progeti na elaboração dos projetos e no acompanhamento da licitação que já está sendo conduzida no Campus Luzerna. Já em relação ao subsídio do almoço, houve a articulação entre o grupo de trabalho organizado pelo gabinete, a mobilização de dados a partir da Propessoas e da Proen — e agora, nesse momento de manifestação dos campi, os cálculos de valores e o acompanhamento ficam centralizados na Proad. E assim, outras ações desencadeadas no futuro terão o protagonismo de outras pró-reitorias”, diz.
Alimentação digna como estratégia de permanência e êxito
O reitor do IFC, Rudinei Exterckoter, explica que a ideia principal do Barriga Cheia é a permanência e êxito dos estudantes, com foco em alimentação digna para todos no Instituto. “Nós temos uma disparidade gigante entre os campi, principalmente na oferta e no valor do almoço, bem como na estrutura física disponível. Diante disso, o programa almeja, em suas várias frentes, diminuir essas diferenças e dar condições para uma refeição realmente substancial para os nossos estudantes”.
“O subsídio ao almoço é uma política de indução: ou seja, para usufruir do recurso que a Reitoria está dispondo, o campus precisa investir também”, prossegue Exterckoter”. Por quê isso? Porque queremos induzir o campus a escolher a alimentação como uma de suas prioridades”.
O reitor falou ainda sobre as demais estratégias encampadas pelo programa. “Quando pensamos em estrutura física, é construir refeitório onde não tem, e modernizar os que já temos; equipe — novos profissionais para atuar na área; administrativo, no sentido dos nossos contratos de compra, terceirização de refeitórios e o que podemos melhorar nesse conjunto. Então é um grande programa, que abraça muitas frentes — e, em todas elas, o objetivo é um só: a permanência e o êxito dos nossos estudantes, dando condições para que eles possam aproveitar ao máximo tudo que o IFC tem a oferecer”.
Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Arte: Reitoria/Progeti/Suzana Back