Durante três meses, a equipe da pró-reitoria de Desenvolvimento Institucional (Prodin) do Instituto Federal Catarinense (IFC) realizou visitas às 16 unidades do Instituto para ouvir as ponderações de servidores e estudantes sobre a instituição. Este trabalho é uma das etapas para a elaboração do documento do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) versão 2024/2028. Conforme consta no atual PDI, o Plano é o documento que identifica o IFC “no que diz respeito à sua filosofia de trabalho, à missão a que se propõe, às diretrizes pedagógicas que orientam suas ações, à sua estrutura organizacional e às atividades acadêmicas que desenvolve e/ou que pretende desenvolver”.
Encontro realizado na reitoria do IFC, em Blumenau, em 22 de junho, marcou o encerramento da etapa de escuta com os servidores. Na ocasião, a reitora do IFC, Sônia Regina de Souza Fernandes, apontou a importância desse trabalho em conjunto. “Encerrado o processo de consulta sobre a construção do PDI é importante o olhar de todos para planejar a execução para a instituição no geral, campi e reitoria, pensando no impacto na vida dos estudantes. É fundamental que todos entendam o funcionamento de cada unidade, pois o nosso desafio é fazer a gestão para as 16 unidades, respeitando a cultura local de cada um, mas sem nos esquecermos que somos uma única instituição. Ser multicampi é uma novidade da Rede Federal e uma característica que nos diferencia das demais instituições, mas para fazer o processo de gestão é preciso o diálogo e a escuta das possibilidades. Por isso, esse trabalho de planejamento do PDI é fundamental em todos os campi e na reitoria”, enfatizou a reitora.
Para organizar as atividades, Bárbarah Sorgetz, diretora de Desenvolvimento Institucional na pró-reitoria de Desenvolvimento Institucional (Prodin), explica que durante as visitas, foram apresentados dados institucionais e locais para, a partir deles, provocar as reflexões necessárias para o processo de planejamento do PDI. “Além disso, foi realizada a análise ambiental, por meio de uma ferramenta chamada ‘matriz swot’. Estudantes, gestores e servidores puderam apontar pontos fortes e fracos, internos e externos. A participação dos servidores e dos estudantes foi expressiva, dentro das possibilidades que envolvem a reorganização das atividades letivas. A contribuição para o desenho da matriz swot, em geral, começava com vozes tímidas mas ganhava corpo conforme o andamento da dinâmica. Não só pontos fracos foram apontados, mas pontos fortes foram destacados, o que sinalizou avanços institucionais e o conhecimento da comunidade sobre a importância do PDI”, revela Sorgetz.
“A participação dos alunos e servidores é fundamental para o processo de diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Institucional, permitindo uma análise mais completa e abrangente das necessidades e demandas locais. É interessante que foram considerados os pontos positivos e negativos apontados por toda a comunidade do campus em todos os turnos, garantindo o início de um processo participativo, efetivo e construtivo que deve permear as discussões subsequentes e mais aprofundadas que ocorrerão no campus“, pontua o diretor de Administração e Planejamento (DAP) no IFC Brusque, Fabio Lamartine que atuou como articulador local do PDI.
Processo participativo também foi destacado pela estudante do técnico em informática integrado ao ensino médio, no IFC Fraiburgo, Emanuely Poncio do Amaral. “Como aluna, acredito que a participação dos alunos no Campus Fraiburgo para elaboração do PDI tenha sido muito boa, visto que naquele momento fora aberto um espaço para ouvir todas as reclamações e pedidos. Ao elaborar um novo PDI que se tenha conhecimento da opinião dos alunos, visto que são eles a maioria dentro da instituição. É muito importante que se tenha esse espaço, pois assim é mostrado o quanto a opinião de cada um é relevante e como as mesmas ajudam na construção de uma instituição melhor”, declara Amaral.
De acordo com a pró-reitora de Desenvolvimento Institucional (Prodin), Jamile Delagnelo Fagundes da Silva, comparado aos outros anos, a elaboração do PDI para o quinquênio 2024/2028 é bem diferente dos PDI anteriores. “O contexto político e econômico é diferente, onde fala-se muito mais em consolidação do que em franca expansão. Os códigos de vagas para novos servidores já não são abundantes e é necessário ter muito mais o ‘pé no chão’ para planejar os próximos cinco anos. Alguns fatores limitadores, como por exemplo a Portaria MEC 713/2021, que define parâmetros e normas para a expansão da Rede Federal, são desafios que encontram realidades muito diferentes em cada uma das unidades do IFC. Nesse sentido, o processo de monitoramento e revisão do PDI será de grande importância, acompanhado da efetiva implantação daquilo que for estabelecido como estratégia institucional”, ressalta a pró-reitora.
Diante deste cenário, o professor no IFC Fraiburgo, Vanderley Cristiano Juraski, avalia que a participação de servidores e estudantes foi muito interessante. “Além da ampla presença dos setores do campus nas reuniões, também foi possível perceber os vários apontamentos ligados à aspectos fortes e fracos da instituição e da comunidade na qual ela está inserida. Esses momentos de reflexão são extremamente importantes, pois permitem que os agentes envolvidos no processo de ensino-aprendizagem avaliem as condições disponíveis para sua formação humana e profissional, assim como as perspectivas de futuro no IFC”, aponta Juraski.
Próximos passos
A partir das informações coletadas durante as reuniões em todas as unidades, o documento será construído pelas áreas técnicas e posteriormente disponibilizado para consulta pública, antes de ser enviado para aprovação nos colegiados da instituição. Conforme o cronograma, o PDI 2024-2028 será finalizado em dezembro de 2023. Para outras informações, acesse aqui a página do PDI.
Texto: Cecom/Reitoria/Rosiane Magalhães
com informações de Cristiane Riffel
Fotos: Cecom Reitoria