O Instituto Federal Catarinense foi sede, de 23 a 25 de maio, da reunião nacional do Fórum de Assessores de Relações Internacionais (Forinter) da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Realizado na Reitoria do IFC, o evento reuniu gestores de todo o país em torno de debates, palestras, oficinas e trocas de experiências sobre as ações internacionais de suas instituições e temas como mobilidade acadêmica, política linguística e o fomento à internacionalização, entre outros.
“O propósito da reunião do Forinter é reunir os assessores de Relações Internacionais (RI) principalmente em torno da formação”, explica o gestor de RI do Instituto Federal de Brasília e coordenador do Fórum, Anderson Galvão. “Nós atuamos, em nossas instituições, de forma muito intensa, e há sempre a necessidade de nos reciclarmos. Então, é importante que, uma ou duas vezes por ano, possamos nos reunir, ouvir os relatos e experiências de nossos colegas e trocar ideias sobre as relações internacionais”.
“O Fórum é uma grande oportunidade de se discutir os caminhos da internacionalização da Rede Federal no Brasil levando em conta as idiossincrasias de cada instituição. E discutir as relações internacionais depois um momento pandêmico como o que nós vivemos recentemente
apresenta nossos desafios”, afirma o diretor de relações internacionais do IFMA, Vilton de Souza. “Uma das principais preocupações é estabelecer, em nossos planejamentos estratégicos, a Internacionalização como um vetor de desenvolvimento institucional para a Rede Federal. Nós compreendemos que a Rede não cabe mais apenas no território brasileiro; precisamos trabalhar para posicionar a Rede como referência mundial em formação profissional e tecnológica, por que nós temos potencial para isso”, acrescenta Carol Bello, assessora de relações internacionais do IFPE.
“Nosso propósito é dar mais ênfase à internacionalização em nossas instituições, que é um movimento que não pode retroceder ou se estagnar. O que estamos discutindo aqui é o que fazer, como fazer, e quem são os principais atores nesse processo”, ressalta a coordenadora de relações internacionais do IFPA, Regina Krelling. Ela ressalta que é importante que os resultados das discussões conduzidas durante o encontro não fiquem restritos apenas aos participantes. “Precisamos levar essas informações, tudo o que nós aprendemos aqui, aos nossos gestores, para dar um impulso à internacionalização e mais visibilidade às nossas instituições”.
De acordo com Vilton de Souza, a reunião do Fórum ocorre em meio a um panorama promissor. “A gente encontra bons ventos, como uma promessa de aumento do financiamento para as ações internacionais por parte do Governo Federal. Outra frente que avalio positivamente é o movimento das relações entre os países da América Latina e também o continente africano. Também avalio a diversidade como um grande fruto desse evento; nós temos um grande ‘menu’ de ações que podem ser adotadas pelas instituições de acordo com suas necessidade e interesses, como o PEC-G, o reforço do eixo Norte-Sul e a diversidade linguística, com atividades em inglês, francês e espanhol para o ensino técnico e o ensino superior”, diz.
Troca de experiências e planejamento estratégico
O pró-reitor de Extensão e assessor internacional do IFC, professor Fernando Taques, falou sobre a experiência de sediar o Forinter e a importância das atividades do Fórum. “Todos os Institutos Federais enviaram seus representantes. Cada um e cada uma pôde contar a experiência que vivencia em seu estado, conhecer as diferenças entre cada instituição, e relatar as atividades de mobilidade de seus estudantes e servidores. E é essencial que possamos conhecer melhor o que os outros institutos fazem, o que é sucesso, o que faz o que nossos estudantes se sintam participantes e realmente atores, agentes dessa mobilidade. Estar com todos aqui é uma alegria e um orgulho imenso para nossa instituição, e os frutos hão de vir em breve.”
“O planejamento estratégico para os próximos anos do Forinter também está sendo elaborado aqui em Blumenau. Isso é muito importante, porque fazia mais de cinco anos que o Fórum não se encontrava em momentos que não sejam em Brasília ou nas Reditecs nacionais”, acrescenta Taques. “Além disso, tivemos, pela primeira vez na história do Fórum, a participação de um diretor da Setec; o professor Marcelo Bregagnoli, que está à frente da Diretoria de Desenvolvimento da Rede Federal da Educação Profissional, Científica e Tecnológica da Setec, esteve conosco, e assumiu o compromisso de defender as pautas da internacionalização junto ao Governo Federal.”
Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Fotos: Cecom/Reitoria/Carlos Pieri e Cristiane Riffel